Vivemos há muito num mundo de preconceitos e desrespeito a vida e a ordem natural.
Apesar das notas constitucionais que garantem os direitos dos humanos, negros, animais que não conhecem o dinheiro dentre outros, temos que admitir que vivemos numa verdadeira hipocrisia, em um tempo de aceitação. É mais fácil viver no conforto do ‘lar doce lar’ e fingir que o mundo está de acordo. Que tudo vai melhorar, que o próximo presidente dará jeito no país. Que as pessoas só necessitam de comida numa data especial: o sagrado dia 25 de dezembro. Particularmente estou farto de tanta demagogia e sensacionalismo. Concordo plenamente com a seguinte afirmação: “A mão esquerda não precisa saber o que a direita faz”.
Temos um impulso natural de querer mostrar aos outros o que fazemos de bom ao mundo, o que temos a oferecer. Essa é uma atitude inútil. Que desvaloriza um ato de caridade que deveria na verdade ser algo maravilhoso, divino. O reconhecimento vem por si só. Naturalmente. Estar em paz com si próprio é o que realmente importa.
Nunca pense que és pequeno de mais para ajudar, ensinar... E tampouco pense que és grande e não precisa mais de ninguém. A humildade é uma dádiva. Todos nós podemos ser tolerantes e sábios. Basta querer. Basta aceitar o que realmente seus olhos vêem. Não esperar a mudança cair do céu.
Um detalhe interessante sobre o preconceito mascarado são as cotas para negros e pardos em universidades. É de revoltar ver algo assim em pleno século XXI. Somos todos iguais perante a lei. Não obstante, não somos iguais. Cada um tem sua personalidade, seus sonhos e medos. Seus amigos e amores. Mas uma vez terráqueos, devemos ‘assassinar’ o desejo de domínio, de posse e exploração. Somos todos animais. Seres que amam, constituem família e buscam por um equilíbrio natural.
Voltando ao tema das cotas, os governantes defendem esse ponto respondendo: “a maioria da classe média e classe média-alta são de pessoas de pele branca, tem condições de pagar escolas particulares e ensinos complementares superiores.” Eu vejo isso como uma confissão de que estão cientes do tamanho da desigualdade social em que vivemos. Parece mais fácil dar ‘esmolas’ aos pobres, aos fracos e oprimidos, em vez de realizar uma reforma educacional.
Todos estão cansados... Mas em vez de cruzar os braços e aceitar devemos nos unir e mostrar que os governantes são meros representantes da sociedade. Que a gente não quer só comida (Fome Zero), a gente não quer só esmolas, centavos furados (Bolsa Escola). Em vez desses investimentos vergonhosos, por que não revitalizar as escolas públicas. Valorizar mais os profissionais da área educativa. Impostos menores, principalmente quando se trata da área cultural. Pois o Brasil é um país onde cultura custa caro.
Salário família, fome zero, bolsa escola, auxilio gás e por aí vai. Não seria melhor trocar toda essas migalhas por uma qualificação profissional, educação digna, salário justo...?
Vamos viver, respeitar, conviver e aprender com a diversidade cultural.
Formamos um mundo de Luzes&Cores. Não podemos deixar a intolerância, o egoísmo, a sede por poder acabar com nossa natureza, acabar conosco, acabar com tudo, tudo que ainda resta...
Texto e Fotografia:
Jheferson Henrique
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