A última canção...

Não adianta evitar. Tem finais que são como perspectiva de novela mexicana: sofrimento e drama.
A arte imita a vida de verdade. Tentativa e erro... tentativa e erro... Chega a um certo momento que não se trata mais disso. Vira pura teimosia ignorante. Os momentos bons são refúgios imaginários. Uma felicidade efêmera. Mesmo com o senso de que felicidade é sim, feita de momentos desconexos... ninguém é feliz ininterruptamente. Isso seria utópico. Mas viver um sentimento que não se firma nunca. Dói...

"Pressinto que há algo no vento,
parece que a tragédia se aproxima,
e embora eu goste de estar com ele,
não consigo conter a agitação desse sentimento,
o pior está por perto,
e será que ele percebe, meus sentimentos por ele ?
E será que ele verá, quanto ele significa pra mim ?
Eu acho que não.


O que acontecerá com meu querido amigo?
Onde as ações dele irá nos levar ?
Embora eu queira juntar-me a multidão,
em sua nuvem entusiástica,
tentando como eu posso, isso não irá durar,
E será que terminaremos juntos ?
Não eu acho que não, nunca vai acontecer.
Por que sei que eu não sou a escolhida.


Será que nós iremos terminar juntos?
Não, eu acho que não, isso nunca vai acontecer
Porque eu não sou a escolhida."
Sally's Song - Fiona Apple 


Essa é a consciência que mais pesa e corta o coração... enfim... aceita-se que não será nada como fora planejado. E os planos fazem tanta falta... De pensar que tem tanta gente que se mete a forte e fria nesse mundo. Simplesmente não entendo se isso pode ser possível. Mas assistindo ao noticiário na TV, fica fácil acreditar que a ausência de amor é um fato do cotidiano. Existem sim pessoas vazias e desnecessárias no mundo.

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